Homem mandou matar médico após irmão morrer ao ser liberado de hospital em Manaus
Manaus/AM - A polícia revelou, neste sábado (26), que Romário Ferreira da Silva, 28, mandou matar o médico Renato Morais da Silva, 35, para vingar a morte do irmão, que faleceu após ser liberado do Hospital 28 de Agosto, em Manaus.
O irmão do suposto mandante, identificado como Rogélio, teria sido atendido pelo médico. "Os pais acham que a causa da morte de Rogélio foi omissão por parte do hospital e do médico Renato, responsável por atendê-lo. Inclusive entraram com uma ação judicial contra o Hospital 28 de Agosto, mostrando a revolta por parte da família com esse médico", disse o delegado Adriano Félix, titular do 22º DIP.
De acordo com o delegado, Rogélio chegou a fugir da UTI. "No prontuário médico consta que ele fugiu da UTI por conta própria e depois de alguns dias pegamos outro prontuário do Hospital Platão, onde ele deu entrada, ou seja, quando ele estava bem mal ele voltou para o hospital, mas acabou vindo a óbito", explicou.
Segundo Félix, o relatório médico de Rogélio mostrava um quadro de tuberculose e de problemas psiquiátricos. "Ele acabou se evadindo do hospital, não quis ficar mais. A mãe falou que de fato ele saiu, mas alegou que teria sido liberado pela equipe médica", disse. "Eles acham se não tivessem liberado o filho possivelmente ele não teria vindo a óbito".
Inconformado com a morte do irmão, Romário pagou um valor ao atirador Fábio Wenderson Tavares dos Santos, que está foragido, para matar o médico. Alice, namorada de Fábio, foi quem recebeu os valores no dia do atentado, sendo um pix de R$ 500 e um pix de R$ 3 mil, para matar Renato.
"Foi no celular dela que nós vimos as transferências e uma mensagem encaminhada pelo atirador para ela uma semana antes, no dia 15 de agosto. Ele estava na frente da residência da vítima", detalhou. O homem teria acompanhado a vítima durante sete dias antes de efetuar os disparos.
Em depoimento, a mulher deu detalhes sobre o pedido de Romário. "Ela menciona que o namorado dela [Fábio] teria que fazer o serviço a pedido de um sujeito. E que esse serviço seria matar um médico que teria liberado o irmão dele do 28 de Agosto e, ele teria vindo a óbito", disse o delegado, acrescentando que Rogélio morreu no dia 23 de julho.
Romário foi preso neste sábado (26) e encaminhado para prestar depoimento.
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